segunda-feira, março 13, 2017

Médicos suspeitam que veneno de rato matou criança em ITABAIANA.

A equipe médica do Hospital de Trauma de Campina Grande, que atendeu a criança de 12 anos que passou mal na cidade de Itabaiana, no Agreste do Estado, está suspeitando que a causa da morte, registrada na sexta-feira (10), tenha sido por envenenamento. De acordo com uma das médicas, os sintomas apresentados pela menina são bastante parecidos com os de uma pessoa envenenada por substâncias derivadas de composto organofosforado, presente nos venenos conhecidos por 'chumbinhos', usados contra ratos. Outras duas crianças da mesma comunidade morreram em fevereiro, com os mesmos sintomas. A informações da suspeita foi repassada pela médica pediatra Noadja Cardoso, que ainda aguarda os resultados dos laudos médicos para definir a real causa da morte. “É preciso deixar claro que é só uma suspeita. A paciente teve uma intoxicação exógena e apresentou sintomas de envenenamento por substância derivada de composto organofosforada, o tradicional chumbinho. As manifestações clínicas são parecidas com esse tipo de intoxicação”, explicou. A médica acrescentou que a Secretaria de Estado da Saúde da paraíba fez coletas na comunidade Cariatá, zona rural de Itabaiana, para realizar exames na tentativa de encontrar alguma substância que pode ter causado as mortes. “Ainda não é nada confirmado. São 15 dias para sair o resultado do Lacem que vai analisar o sangue e urina da paciente”, completou. 

Relembre o caso 
A menina identificada como Letícia Firmino Soares foi internada na segunda-feira (6), e morreu no Trauma de Campina Grande após cinco paradas cardíacas. A Secretaria Municipal de Saúde do município está investigando a causa de outras duas mortes de crianças que apresentaram os mesmos sintomas nos dias 19 e 25 de fevereiro e morreram após darem entrada no Hospital Regional de Itabaiana. As vítimas mortas em fevereiro eram primos e moradores da comunidade Cariatá. As crianças passaram mal, vomitando e tremendo muito, tendo paradas cardíacas.”Nós estamos fazendo uma investigação para saber o que realmente está acontecendo”, pontuou. “Todas as medidas de investigação estão sendo tomadas para que não ocorram novos casos. Estivemos com vigilâncias Epidemiológica, Ambiental e Sanitária fazendo uma varredura na comunidade e orientando os moradores para tomar cuidado com as crianças. Suspeitamos que elas tiveram contato com alguma coisa enquanto brincavam porque se fosse da água, os adultos também teriam apresentado os sintomas”, relatou. Ainda conforme a secretária, foram colhidas amostras de água e plantas e enviadas para o Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacem) e os resultados ainda não foram divulgados, mas devem ajudar nas investigações. “ É muito cedo para falar em alguma suspeita. Eu prefiro esperar os resultados das amostras colhidas. A família relatou que não tem nem um tipo de produto em casa e que as criança se alimentaram e logo após ´passaram mal”, finalizou dizendo que a secretaria também realizou exames de sangue em todas as crianças da comunidade. Jornal da Paraíba