Os profissionais da rede estadual de ensino vão entrar em greve a partir desta quarta-feira (15), por tempo indeterminado. Entre os principais pontos reivindicados estão piso salarial nacional, o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração do Magistério e a Reforma da Previdência. Em todo o estado, 735 escolas com 350 mil alunos e 16 mil professores são afetados com a medida. A greve foi convocada e aprovada no 33º Congresso Nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). O objetivo da categoria é pressionar deputados e senadores para que se pronunciem contrários à Proposta da Reforma da Previdência e a todos os atuais projetos de lei que fazem parte do governo Michel Temer (PMDB).
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação do Estado (Sintep), o governador Ricardo Coutinho (PSB) aprovou o fim das eleições diretas para diretores escolares. "Os aposentados não tiveram nenhum aumento, direito assegurado em lei. O governo praticamente rasgou o PCCR da categoria, retirando conquistas históricas da classe da educação e seguindo a proposta desastrosa do governo federal, amargurando sucessivas perdas salariais e congelando os salários dos servidores aposentados", informou o Sintep.
A Secretaria de Educação informou ao Portal Correio, por meio de assessoria, que ainda vai se pronunciar sobre a situação.
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Escola de Campina é arrombada duas vezes... O domingo foi movimentado
na Escola Estadual Humberto
Lucena, no bairro Novo
Cruzeiro, em Campina Grande, mas por um mau motivo. O
local foi arrombado duas vezes
no mesmo dia, a primeira
à tarde e a segunda, à noite, e
vários equipamentos foram levados.
Os bandidos chegaram
a jantar no lugar e deixaram
marmitas abertas entre o material
da escola, que fi cou todo
revirado.
“Eu dizia para todo mundo
que esta escola era uma das
mais bem servidas do Estado,
sempre que ia fazer um evento
não tinha problema porque
tínhamos tudo que precisávamos.
Agora vamos enfrentar
problemas por muito tempo”,
lamentou a diretora do colégio,
Terezinha Costa.
De acordo com ela, foram
Wênia Bandeira
roubados dois computadores,
quatro caixas de som, duas
mesas de som, um som, três
microsystems, oito microfones
e um teclado musical.
Além disso, os assaltantes levaram
material esportivo, material
de limpeza, duas caixas
de som de eventos, amplifi cadores,
quatro caixas pequenas
de som para reprodução
da rádio, fechaduras e um
aparelho de multimídia, este
último orçado em R$ 7 mil.
Terezinha disse que as aulas
foram suspensas por tempo
indeterminado. Ela afirmou
que só voltará com o trabalho
após a secretaria de educação
contratar segurança para a escola
e garantir que fatos como
este não voltem a acontecer.
Ela explicou que este ano já foram
quatro assaltos contando
com os dois do domingo.
A reportagem tentou contato
com a gerente da terceira
regional de educação da
secretaria de educação estadual,
Giovana Marques, mas
até o fechamento desta matéria,
as nossas ligações não
foram atendidas.
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Falta insulina há meses... Um grupo de diabéticos
esteve ontem reclamando
da falta de dispensação de
quatro tipos de insulina na
terceira gerência regional de
saúde, em Campina Grande.
De acordo com os pacientes,
são medicamentos que estão
em falta há meses e vem causando
angustia a quem precisa
das injeções diárias.
A gerência disse que está
tentando resolver o problema,
mas afi rmou que o atraso
é de apenas um mês. Além
disso, uma das insulinas, a
NovoRapid, chegou ontem,
mas os pacientes afirmam
que receberam em menor
quantidade do que precisavam.
A Lantus tem previsão
de chegada para até sexta-
feira.
A dona de casa Alba Lucia
Almeida, mãe de Glauco,
diabético desde há 12 anos,
se emocionou ao falar sobre
o problema. Ela disse que
a preocupação com o fi lho
é constante e que ele tenta
continuar sua vida, mas
que está sempre tendo difi -
culdades.
“Ele sempre tem hiperglicemia
por falta da insulina,
várias vezes deu entrada no
hospital. Eu me preocupo
com ele, porque teve dia dele
entrar quase em coma por
causa de hipoglicemia. A
glicose dele tanto aumenta
como baixa de vez”, contou
chorando.
Alba falou que deixa de
comprar outras coisas, tenta
economizar para poder
ter como adquirir a medicação.
O mesmo acontece com
a aposentada Maria Eterna
Nunes, mãe de Rogério, que
disse sentir-se arrasada pelo
poder público.
“É uma humilhação porque
é um direito adquirido
pela Justiça e eles (Poder
Público) não tem a mínima
responsabilidade. A gente
tem que ter dinheiro para
comprar porque o diabético
sem insulina morre, é o ar
que ele respira”, disse.
Rogério usa seis canetas
de insulinas por mês, o
que custa cerca de mil reais
mensais para manter o tratamento.
“E é uma corrida
contra o tempo porque se
chegar hoje tem que ter a receita
em dia, a gente pega a
receita e a insulina não vem
então fica receita vencida.
Se eu não pego hoje, amanhã
não tem mais, o que tiver fazendo
tem que parar, correr
e vir pegar porque não tem
para todos os diabéticos”,
acrescentou.