terça-feira, março 14, 2017

Greve deixa 350 mil alunos do Estado sem aulas a partir desta quarta.

 Os profissionais da rede estadual de ensino vão entrar em greve a partir desta quarta-feira (15), por tempo indeterminado. Entre os principais pontos reivindicados estão piso salarial nacional, o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração do Magistério e a Reforma da Previdência. Em todo o estado, 735 escolas com 350 mil alunos e 16 mil professores são afetados com a medida. A greve foi convocada e aprovada no 33º Congresso Nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). O objetivo da categoria é pressionar deputados e senadores para que se pronunciem contrários à Proposta da Reforma da Previdência e a todos os atuais projetos de lei que fazem parte do governo Michel Temer (PMDB). Segundo o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação do Estado (Sintep), o governador Ricardo Coutinho (PSB) aprovou o fim das eleições diretas para diretores escolares. "Os aposentados não tiveram nenhum aumento, direito assegurado em lei. O governo praticamente rasgou o PCCR da categoria, retirando conquistas históricas da classe da educação e seguindo a proposta desastrosa do governo federal, amargurando sucessivas perdas salariais e congelando os salários dos servidores aposentados", informou o Sintep. A Secretaria de Educação informou ao Portal Correio, por meio de assessoria, que ainda vai se pronunciar sobre a situação.
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Escola de Campina é arrombada duas vezes... O domingo foi movimentado na Escola Estadual Humberto Lucena, no bairro Novo Cruzeiro, em Campina Grande, mas por um mau motivo. O local foi arrombado duas vezes no mesmo dia, a primeira à tarde e a segunda, à noite, e vários equipamentos foram levados. Os bandidos chegaram a jantar no lugar e deixaram marmitas abertas entre o material da escola, que fi cou todo revirado. “Eu dizia para todo mundo que esta escola era uma das mais bem servidas do Estado, sempre que ia fazer um evento não tinha problema porque tínhamos tudo que precisávamos. Agora vamos enfrentar problemas por muito tempo”, lamentou a diretora do colégio, Terezinha Costa. De acordo com ela, foram Wênia Bandeira roubados dois computadores, quatro caixas de som, duas mesas de som, um som, três microsystems, oito microfones e um teclado musical. Além disso, os assaltantes levaram material esportivo, material de limpeza, duas caixas de som de eventos, amplifi cadores, quatro caixas pequenas de som para reprodução da rádio, fechaduras e um aparelho de multimídia, este último orçado em R$ 7 mil. Terezinha disse que as aulas foram suspensas por tempo indeterminado. Ela afirmou que só voltará com o trabalho após a secretaria de educação contratar segurança para a escola e garantir que fatos como este não voltem a acontecer. Ela explicou que este ano já foram quatro assaltos contando com os dois do domingo. A reportagem tentou contato com a gerente da terceira regional de educação da secretaria de educação estadual, Giovana Marques, mas até o fechamento desta matéria, as nossas ligações não foram atendidas.
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Falta insulina há meses... Um grupo de diabéticos esteve ontem reclamando da falta de dispensação de quatro tipos de insulina na terceira gerência regional de saúde, em Campina Grande. De acordo com os pacientes, são medicamentos que estão em falta há meses e vem causando angustia a quem precisa das injeções diárias. A gerência disse que está tentando resolver o problema, mas afi rmou que o atraso é de apenas um mês. Além disso, uma das insulinas, a NovoRapid, chegou ontem, mas os pacientes afirmam que receberam em menor quantidade do que precisavam. A Lantus tem previsão de chegada para até sexta- feira. A dona de casa Alba Lucia Almeida, mãe de Glauco, diabético desde há 12 anos, se emocionou ao falar sobre o problema. Ela disse que a preocupação com o fi lho é constante e que ele tenta continuar sua vida, mas que está sempre tendo difi - culdades. “Ele sempre tem hiperglicemia por falta da insulina, várias vezes deu entrada no hospital. Eu me preocupo com ele, porque teve dia dele entrar quase em coma por causa de hipoglicemia. A glicose dele tanto aumenta como baixa de vez”, contou chorando. Alba falou que deixa de comprar outras coisas, tenta economizar para poder ter como adquirir a medicação. O mesmo acontece com a aposentada Maria Eterna Nunes, mãe de Rogério, que disse sentir-se arrasada pelo poder público. “É uma humilhação porque é um direito adquirido pela Justiça e eles (Poder Público) não tem a mínima responsabilidade. A gente tem que ter dinheiro para comprar porque o diabético sem insulina morre, é o ar que ele respira”, disse. Rogério usa seis canetas de insulinas por mês, o que custa cerca de mil reais mensais para manter o tratamento. “E é uma corrida contra o tempo porque se chegar hoje tem que ter a receita em dia, a gente pega a receita e a insulina não vem então fica receita vencida. Se eu não pego hoje, amanhã não tem mais, o que tiver fazendo tem que parar, correr e vir pegar porque não tem para todos os diabéticos”, acrescentou.