quinta-feira, setembro 14, 2017

Ninguém se livra dos buracos.

Há mais de um mês os veículos que transitam pela Rua Francisco de Souza Rangel, no bairro de Jaguaribe, precisam desviar de uma cratera aberta do lado esquerdo da pista, logo após a descida da ladeira. O buraco, que costumava ser um bueiro, está sem a tampa metálica e com o asfalto desgastado dos lados. A situação é recorrente em vários outros bairros de João Pessoa. Por conta de obras da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), diversas ruas e avenidas estão esburacadas e quase intransitáveis. “Se um motoqueiro cair aqui é morte certa”, disse o segurança Márcio Rodrigo, que passa diariamente de moto pela Rua Francisco de Souza Rangel. Apesar de o buraco estar sinalizado com tábuas e uma caixa de papelão, a visualização é difícil para quem não conhece a área, durante a noite ou quando chove e a cratera fica encoberta pela água. “À noite não dá para ver. Um amigo meu que era motoqueiro morreu nessa mesma rua por causa de um buraco desses, um bueiro sem tampa. Quando a roda da moto encaixou no buraco ele quebrou o pescoço”, contou o entregador Ítalo Natan. Na Avenida Xavier Júnior, em Cruz das Armas, uma cratera se abriu em boa parte da rua devido a um vazamento na rede de água na última terça-feira. O conserto foi realizado, mas o vazamento voltou a estourar apenas três horas depois. A água ficou empoçada na frente da casa da moradora Elbaneide Félix Farias. “Deu um trabalhão para limpar aqui. Já tinham consertado e de repente estourou de novo”, contou. Na manhã de ontem, uma equipe na Cagepa estava realizando um novo reparo no local. Outro buraco que passou por reparos foi o que está localizado na bifurcação entre as Avenidas Pedro I e Corálio Soares de Oliveira, ao lado da Praça da Independência. Na área o asfalto começou a se desfazer ao redor de um bueiro há cerca de três ou quatro meses, segundo a comerciante Fátima Farias, que trabalha ao lado do local. “Não tinha um dia que não caísse um carro nesse buraco. Nosso medo era algum motoqueiro se machucar. A gente colocava umas coisas para avisar, mas os ônibus passavam por cima e arrastavam”, disse. Segundo a comerciante Simone Almeida, que também trabalha no local, o reparo começou a ser feito na última terça-feira, mas ainda não está totalmente pronto, tanto que a área segue cercada por cones.

Cagepa diz que realiza consertos Sobre os problemas na pavimentação em decorrência de obras para reparo de vazamentos de água, o gerente regional do Litoral da Cagepa, Thiago Pessoa, informou que os locais onde há intervenção para o conserto de vazamentos recebem a recolocação da pavimentação de imediato. O tempo de espera é somente o período para a secagem da obra. “Temos uma empresa específica para fazer a reposição de pavimento. O setor de manutenção retira o vazamento e gera uma ordem de serviço de imediato para a empresa responsável pela pavimentação concluir o reparo”, reforçou Thiago Pessoa. Já com relação a obras para implantação da rede de esgoto, a qual precisa da retirada de calçamento das vias, o engenheiro e gerente de obras da Cagepa, Joaquim Almeida, alegou problemas contratuais com a empresa contratada para fazer o reparo nas ruas e avenidas após as obras. Contudo, ele lembrou que o problema já foi resolvido e adiantou que o reparo das vias nesta situação já está no cronograma da Cagepa. No entanto, ele não pode informar a previsão para o início das obras. A Cagepa lembrou ainda que a população pode informar problemas ocasionados na rede de esgoto e vazamentos na tubulação por meio do número telefônico 115. Jornal Correio