Próximo sábado
será realizado o Dia D da Campanha
Nacional de Multivacinação, quando postos de saúde
estarão abertos em todo o
país. Segundo o Ministério da
Saúde, cerca de 47 milhões de
crianças e adolescentes menores
de 15 anos estão convocados
para comparecer aos
postos e atualizar a caderneta
de vacinação.
Com o slogan “Todo mundo
unido fi ca mais protegido”, a
campanha começou no dia
11 de setembro e segue até
o dia 22 de setembro em cerca
de 36 mil postos fi xos de
vacinação. Ao todo, 350 mil
profi ssionais participam da
ação. De acordo com o ministério, de janeiro a agosto
deste ano, foram enviadas a
todas as unidades da Federação
143,9 milhões de doses
de vacinas de rotina. Para a
campanha, foram enviadas
14,8 milhões de doses extras.
A meta é resgatar todas as
crianças e adolescentes não
vacinados e, com isso, iniciar
ou completar os esquemas de
imunização. Segundo o ministério,
53% não estão com
a vacinação em dia.
Menor cobertura.
Em 2016,
o Brasil registrou a menor cobertura
vacinal dos últimos
10 anos, segundo a coordenadora-geral
do Programa Nacional
de Imunizações, Carla
Domingues. “Não podemos
dizer que temos uma tendência,
mas é preocupante
e por isso queremos reverter essa situação. O objetivo da
campanha é resgatar os não
vacinados para que esse dado
de 2016 não se repita em
2017”, disse.
Ela explica que a Região
Norte é a que tem menor cobertura
por causa do difícil
acesso, mas que, em termos
locais, há municípios em todas
regiões ÁBADOcom baixa cobertura.
Segundo o Ministério da
Saúde, por exemplo, 760 mil
crianças não receberam a vacina
BCG, que protege contra
formas graves de tuberculose.
O Ministério alerta que
muitas doenças que foram
erradicadas no Brasil ou
mesmo controladas ainda
não estão eliminadas e podem
representar risco para
não vacinados. “A população
começa a achar que a vacina
é desnecessária e não é
verdade. Estamos vendo o
surto de sarampo nos países
desenvolvidos, por exemplo,
e se não mantivermos elevada
a cobertura vacinal, voltaremos
a ter essas doenças
circulando no mundo”, disse
Carla, explicando que o fluxo
de turismo e comércio no
mundo globalizado facilita a
circulação de doenças entre
os países.
Segundo o Ministério
da Saúde, em 2017, foram
registradas mortes por
sarampo em países como
Alemanha, Portugal, Itália,
França, Bulgária e Romênia. Na Venezuela também
houve casos de sarampo e
mortes por difteria.