domingo, março 13, 2016

Rompimentos e traições marcam alianças na Paraíba.

Que sejam eternas, mas apenas enquanto durem... Histórico de alianças na Paraíba é marcada por rompimentos e "traições" dos gestores... Na política paraibana, o aliado de hoje pode ser o inimigo de amanhã e vice-versa. 

A história recente no Estado é pródiga em exemplos do gênero.

Enquanto várias lideranças disputam à tapa o cargo de vice-prefeito nas chapas que vão concorrer nas eleições de outubro em João Pessoa e Campina Grande, uma olhada para as alianças recentes nas duas cidades mostra que, parodiando o poeta Vinícius de Moraes, elas só são eternas enquanto duram. 

Pelo menos quatro lideranças almejam figurar na vice de Luciano Cartaxo (PSD), na disputa pela prefeitura de João Pessoa, enquanto o atual vice, Nonato Bandeira (PPS), sem espaço, afirma não ter interesse de ocupar o cargo mais uma vez. O afastamento político entre os dois é perceptível, mas nenhum deles ainda confirmou rompimento da aliança firmada para as eleições de 2012. 

As diferenças políticas ficaram ainda mais acentuadas nas eleições de 2014, quando Bandeira apoiou a candidatura de Cássio Cunha Lima (PSDB) a governador e Cartaxo, o então inimigo político do seu vice, Ricardo Coutinho (PSB). Posteriormente, Cartaxo rompeu com Coutinho, enquanto Bandeira admitiu a possibilidade de reavaliar sua relação com o PSB e apoiar o candidato do governador nas eleições deste ano. 

Quando as alianças envolvem o governador do Estado, o histórico de rompimentos é extenso. Coutinho protagonizou rompimentos com todos os antigos vices: Manoel Junior (PMDB), seu vice durante o primeiro mandato como prefeito de João Pessoa; Luciano Agra, vice-prefeito no segundo man- dato como prefeito e Rômulo Gouveia (PSD), quando chegou ao Estado, em 2010. Atualmente, Lígia Feliciano (PDT) é a atual vice-governadora da Paraíba. Mas na lista de rompimentos que envolvem o governador não constam apenas seus vices. Coutinho passou de aliado a adversário de José Maranhão (PMDB), em 2010. Depois se alinhou ao senador em 2014. Agora, a relação dá sinais de desgaste. O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) foi aliado em 2010 e seu adversário em 2014. Já com Cartaxo, foi aliado em 2014 e adversário neste ano. JP

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Os últimos anos na política paraibana foram recheados de casos de alianças que caíram por terra por causa dos interesses particulares e partidários dos seus mentores. O governador Ricardo Coutinho rompeu com todos os seus ex-vices, mas além dele, lideranças como Cássio Cunha Lima, José Maranhão e Luciano Cartaxo também deixaram aliados pelo caminho. 

RICARDO COUTINHO E RÔMULO... 
Com planos para disputar uma vaga no Senado, o então vice-governador foi excluído por Ricardo Coutinho da chapa majoritária de 2014. Sem espaço, Gouveia rompeu com Coutinho, voltou a apoiar o ex-aliado, Cássio Cunha Lima, e garantiu uma vaga na Câmara dos Deputados. Gouveia acusou o governador de quebrar acordos e não cumprir compromissos. Em retaliação ao rompimento, Coutinho exonerou todos os auxiliares de Rômulo Gouveia na vice-governadoria.

RICARDO COUTINHO E LUCIANO AGRA.
Vice-prefeito de Ricardo Coutinho na disputa de 2008, Luciano Agra assumiu a prefeitura de João Pessoa em 2010, quando Coutinho deixou o cargo para disputar o governo do Estado. Agra pretendia se candidatar a prefeito nas eleições de 2012, mas teve os planos frustrados pelo governador, que lhe negou legenda. Contrariando as pretensões de Agra, Coutinho lançou Estela Bezerra na disputa, enquanto Agra rompeu com os socialistas e apoiou a candidatura de Luciano Cartaxo.

RICARDO COUTINHO E MANOEL JUNIOR.
Manoel Junior foi eleito vice-prefeito de João Pessoa em 2004, ao lado de Ricardo Coutinho. Durante o mandato houve um distanciamento entre os dois, mas na eleição municipal seguinte o peemedebista ainda tentou ser vice novamente na chapa de Coutinho. Foi preterido. O socialista convocou um conselho político e escolheu Luciano Agra para ser seu vice-prefeito nas eleições de 2008.